quarta-feira, 20 de julho de 2011

Linguagem

Fonoaudiologia é uma especial profissão da saúde, que se subdivide em cinco áreas. Dentre estas, existe aquela que lida diretamente com Linguagem, o que nomeia a dimensão em questão. A Linguagem, por sua vez, pode ainda dividir-se em alguns aspectos: Linguagem Escrita e Linguagem Oral, que são os mais básicos, Linguagem de Surdos, Linguagem alternativa para pacientes com comprometimentos neurológicos severos, etc. E é sobre estas dimensões que se tratará.
Para início das compreensões, entende-se como necessária a compreensão do que é considerado Linguagem. É, portanto, um processo mental consciente que visa à expressão interpessoal. Mesmo sendo uma ação consciente, pode ser determinada, também, pelo subconsciente e pelo inconsciente.  O que muitas vezes pode explicar o porquê da existência de pacientes psicopatológicos, com distúrbios de linguagem. A Linguagem humana compreensível, por fim, compreende a expressão verbal e gráfica e, ainda, a sintaxe que as torna ordenadas e passíveis de entendimento.
A Linguagem, em geral, inicia seu desenvolvimento quando ainda encontra-se em gestação, pois o bebê está em contato direto com a mãe. Posteriormente ao nascimento, a Linguagem passa a acontecer através de gestos, sorrisos, olhares e choros. Contudo, o progresso da Linguagem Oral da criança somente ocorrerá se esta for saudável, tiver desenvolvimento neurológico, estiver inserida em um ambiente em que haja comunicação, for capaz de ouvir e tiver “feedback auditivo” (retorno do que se disse), para aprender a falar e se expressar, da maneira correta. Depois que a Linguagem Oral torna-se fluente, está construída um dos mais importantes componentes da sobrevivência humana.
A Linguagem Oral, então, dá-se através da produção dos sons, da fala e da compreensão própria e alheia destes. Possíveis problemas, abordados neste segmento são, por exemplo, atrasos no desenvolvimento e aquisição da Linguagem Oral, falas erradas, falta de sintaxe, dificuldade na produção dos sons ou troca entre eles, e a “língua presa”. Para que fique mais claro o que são os distúrbios de Linguagem Oral, tomamos como exemplo a troca dos sons. Ela acontece quando o individuo permuta alguns fonemas, pronunciando “torvete”, ao invés de “sorvete”. Frente a tais, o fonoaudiólogo tem como funções: “promover a superação das alterações na expressão e/ou recepção da linguagem oral”[1].
A Linguagem Escrita, por sua vez, ocorre através de símbolos, palavras e demais desenhos. Normalmente, inicia seu desenvolvimento na fase de alfabetização da criança e, para seu sucesso, depende profundamente do correto uso da Linguagem Oral. Isso acontece, pois, cada som possui um correspondente gráfico que o representa, o que torna possível a correta escrita e leitura. Logo, esta comunicação gráfica está sujeita a diversos transtornos e dificuldades. A leitura silabada, lenta e imprecisa, a leitura não compreendida, as trocas de letras na escrita, problemas na ortografia e pontuação, e incapacidade / inabilidade em escrever textos ou de se expressar por meio gráfico são exemplos. Cabe, portanto, ao fonoaudiólogo, “promover a superação das alterações na expressão e/ou recepção da linguagem escrita (dificuldades em leitura e escrita, dificuldades de aprendizagem e dificuldades escolares)” [1].
A Linguagem de Surdos é outro segmento específico desta área da Fonoaudiologia. Eles não são pacientes patológicos. Para eles, suas mãos costumam ser sua forma de comunicação (Linguagem em Libras), o que os torna habilitados em diálogo interpessoal, enquanto a escrita em braile os torna possíveis de desenvolvimento de Linguagem Escrita. Estes sujeitos também necessitam estruturar seu pensamento, traduzir o que sentem registrar o que conhecem expressar-se e comunicar-se com os outros. E são as citadas maneiras, para estas realizações, que os fazem ingressar na cultura humana como qualquer outro individuo e, ainda, como sujeitos capazes de produzir transformações inimagináveis. Todos deveriam conhecer a Linguagem-origem desta comunidade, para que todos tivessem o privilégio de poder estabelecer algum contato com estas pessoas. Pois tanto os indivíduos que utilizam a Linguagem Oral, como os sujeitos que utilizam a Linguagem em Libras, têm muito ainda o que aprender uns com os outros, uma vez que vivenciam experiências amplamente diversas.
Os estágios de desenvolvimento da linguagem nos bebês: Os bebês humanos nascem antes de seus cérebros estarem completamente formados. Se os seres humanos permanecessem na barriga da mãe por um período proporcional àquele de outros primatas, nasceriam aos dezoito meses, exatamente a idade na qual os bebês começam a falar, portanto, nasceriam falando.
O cérebro do bebê muda consideravelmente depois do nascimento. Nesse momento, os neurônios já estão formados e já migraram para as suas posições no cérebro, mas o tamanho da cabeça, o peso do cérebro e a espessura do córtex cerebral, onde se localizam as sinapses, continuam a aumentar no primeiro ano de vida. Conexões a longa distância não se completam antes do nono mês e a bainha de mielina continua se adensando durante toda a infância. As sinapses aumentam significativamente entre o nono e o vigésimo quarto mês, a ponto de terem 50% a mais de sinapses que os adultos. A atividade metabólica atinge níveis adultos entre o nono e o décimo mês, mas continuam aumentando até os quatro anos. O cérebro também perde material neural nessa fase. Um enorme número de neurônios morre ainda na barriga da mãe, essa perda continua nos dois primeiros anos e só se estabiliza aos sete anos. As sinapses também diminuem a partir dos dois anos até a adolescência quando a atividade metabólica se equilibra com a do adulto. Dessa forma, pode ser que a aquisição da linguagem dependa de uma certa maturação cerebral e que as fases de balbucio, primeiras palavras e aquisição de gramática exijam níveis mínimos de tamanho cerebral, de conexões a longa distância e de sinapses, particularmente nas regiões responsáveis pela linguagem.
Balbuciando
É comum dividir o estágio inicial da aquisição de linguagem em duas fases: pré-lingüística e lingüística. No estágio pré-lingüístico, a capacidade lingüística da criança desenvolve-se sem qualquer produção lingüística identificável. Sem levar em conta as mudanças biológicas que facilitam o desenvolvimento lingüístico e ocorrem nos primeiros meses de vida da criança, é o balbuciar dos bebês de aproximadamente seis meses que sinaliza o começo da aquisição da linguagem. Esse período é tipicamente descrito como pré-lingüístico porque os sons produzidos não são associados a nenhum significado lingüístico. O estágio dos balbucios é marcado por uma variedade de sons que muitas vezes são usados em alguma das línguas do mundo, embora muitas vezes não seja a língua que a criança irá, posteriormente, falar. O significado dessa observação não é claro. Por exemplo, consoantes posteriores e vogais anteriores, como [k], [g] e [i], aparecem cedo nos balbucios das crianças, mas tarde no seu desenvolvimento fonológico.
Primeiras palavras
O primeiro estágio verdadeiramente lingüístico da criança parece ser o estágio de uma palavra. Nesse estágio, que aparece a poucos meses delas completarem um ano, as crianças produzem suas primeiras palavras. Durante esse estágio, as suas falas se limitam a uma palavra, que são pronunciadas de maneira um pouco diferente da dos adultos. Muitos fatores contribuem para essa pronúncia não usual: alguns sons parecem estar fora da escala auditiva das crianças, por dependerem da maturação de alguns nervos. Sons que são difíceis para a criança detectar, tornam-se difíceis para elas aprenderem. Além disso, alguns sons parecem ter uma articulação difícil para as crianças. Por exemplo, é comum ver crianças que possuem desenvolvimento lingüístico adiantado mas não conseguem pronunciar o [r]. Algumas vezes, sons fáceis podem se tornar difíceis na presença de outros sons. Por exemplo, crianças no estágio de uma palavra freqüentemente omitem o som das consoantes finais.
Crianças nessa fase, além de pronunciar as palavras de maneira diferente também querem dizer coisas diferentes com elas. Muitos pesquisadores perceberam que as crianças parecem expressar significados complexos com suas expressões curtas. É como se suas sentenças de uma palavra representassem um pensamento completo. Esse uso da linguagem indica que o desenvolvimento conceitual da criança tende a ultrapassar seu desenvolvimento lingüístico nos primeiros estágios da aquisição. Nós devemos traçar essa conclusão com cuidado, no entanto, já que julgamentos sobre o que as crianças querem dizer nos seus primeiros estágios de desenvolvimento são difíceis de fazer.
Dessa forma, mesmo que a primeira hipótese sobre aquisição de linguagem seja de que a criança simplesmente adquire sons e significados, a investigação das primeiras palavras da criança indica que o conhecimento adquirido por aquelas de um ano de idade toma a forma de um sistema rico de regras e representações. Como esses sistemas abstratos foram deduzidas, principalmente, através das experiências das crianças na comunidade lingüística, as diferenças entre a gramática da criança e a do adulto são compreensíveis.




Referências:
http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.unipe.br/system/upload//2008/setembro/foto_fono.jpg&imgrefurl=http://www.unipe.br/ver.php%3Fid%3D1176&usg=__hwfzxDaE-pKWA_1jSApCD2x0YTM=&h=450&w=637&sz=40&hl=pt-BR&start=233&sig2=kUalDUA4ARqqobBWQczFDQ&zoom=1&tbnid=z5vD-Dk020jvHM:&tbnh=127&tbnw=167&ei=DJYbTsD-IIqpsAKKspnDCA&prev=/search%3Fq%3Dfono%2Bbeb%25C3%25AA%2Blinguagem%26um%3D1%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN%26biw%3D1350%26bih%3D581%26tbm%3Disch&chk=sbg&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=1042&vpy=173&dur=4134&hovh=189&hovw=267&tx=240&ty=149&page=12&ndsp=21&ved=1t:429,r:13,s:233

Por: Fernanda, Iara, Letícia Feldes, Luíse e Melissa

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