quarta-feira, 20 de julho de 2011

Audiologia

         A deficiência auditiva ocorre em um grande número de pessoas e atinge crianças e adultos.  O impacto global da deficiência auditiva é significativo, causando atraso no progresso educacional das crianças e acarretando sérias conseqüências psicossociais para os que adquirem a perda auditiva mais tarde em suas vidas.
         O fonoaudiólogo é responsável pela função social da audição e aborda a utilidade prática da capacidade auditiva, visando aumentar a habilidade do deficiente auditivo em lidar com situações de vida diária. O fonoaudiólogo especialista em audiologia, conhecido como audiologista, realiza diagnósticos, prognósticos e estabelece tratamentos ou auxilia no estabelecimento de condutas de outros profissionais da área da saúde tais como pediatras, otorrinolaringologistas, neurologistas, neurocirurgiões, geriatras, clínicos gerais e outros; Tendo como dever saber prestar serviços de prevenção, identificação e avaliação de problemas na audição; Seleção e avaliação de aparelhos de amplificação sonora; Habilitação/reabilitação oral de indivíduos com perda auditiva.
         Um fonoaudiólogo terá as seguintes áreas de atuação na audiologia: clínica, educacional, escolar, industrial, infantil e neonatal. Podendo trabalha em: hospitais ou centros de saúde, empresas de aparelhos auditivos, consultórios, escolas, centros de reabilitação, indústria, universidades.
         Realizará exames audiológicos e otoneurológicos: audiometria tonal limiar, audiometria vocal, índice de reconhecimento de fala, imitânciometria acústica, provas de função tubária, teste de reflexos estapedianos, emissões otoacústicas, audiometria de tronco encefálico, potenciais evocados de curta, média e de longa latência, monitoração transoperatória em neurocirurgias, vídeonistagmografia, vectoeletronistagmografia, rinometria acústica, exames de processamento auditivo central ;  O audiologista também seleciona e adapta aparelhos para corrigir a função auditiva e pode habilitar ou reabilitar deficientes auditivos. Este profissional deve ser consultado regularmente, desde os primeiros dias de vida, onde é realizada uma avaliação da capacidade auditiva do bebê ao nascimento, posteriormente ao completar 1 ano de vida, e ao entrar em idade escolar, ou quando apresentar quaisquer sintomas como dor, sensação de ouvido tapado, tonturas,  zumbidos (chiado), estalos, e dificuldades para ouvir.
         A avaliação do processamento auditivo estuda a integridade e maturação do sistema auditivo central, identifica disfunções auditivas centrais e estabelece diretrizes para o programa de reabilitação e é composta por uma bateria de exames.
         A audiometria é um exame que avalia a audição das pessoas. Quando detecta qualquer anormalidade auditiva permite medir o seu grau e tipo de alteração, assim como orienta as medidas preventivas ou curativas a serem tomadas, evitando assim o agravamento; Os principais tipos de audiometria são a audiometria tonal, que é considerado um teste subjetivo para avaliar o grau e o tipo de perda auditiva e a audiometria vocal, que pesquisa a capacidade de compreensão da fala humana.
         A imitanciometria ou impedanciometria avalia as condições da orelha média e da tuba auditiva à timpanometria na ausência de perfuração da membrana timpânica; As alterações à imitanciometria também são freqüentes em idosos; O teste é realizado pela colocação de uma pequena sonda no conduto auditivo externo de um dos ouvidos e um fone no outro. Essa pequena sonda contém um sistema que injeta e remove pressão, um pequeno canal que fornece estímulo sonoro e um outro que, conectado a um registrador no aparelho, avalia o grau de deslocamento do sistema tímpano-ossicular, em resposta à variação de pressão ou ao estímulo sonoro.
         Emissões Otoacústicas são sons provenientes da cóclea - órgão sensorial responsável pela audição - após a apresentação de um estímulo sonoro. O método não tem o objetivo de quantificar a deficiência auditiva, porém detecta a sua ocorrência, visto que as Emissões Otoacústicas estão presente em todas as orelhas funcionalmente normais. Elas deixam de ser observadas quando os limiares auditivos se encontram acima de 30dBNA, ou seja, quando existir qualquer alteração auditiva.
         Deve-se procurar um audiologiasta quando: sentir de dificuldade auditiva, presença de sinais ou sintomas auditivos ou otológicos, antecedentes familiares com problemas auditivos, desenvolvimento de linguagem alterado; E mais: dificuldade para escutar em lugares em que as fontes de som estão distantes (teatros, cinemas, salas de reuniões, palestras, etc),dificuldade para escutar televisão e/ou telefone, dificuldade para entender a conversação em um grupo de pessoas, “ouço, mas não entendo o que as pessoas falam” costuma ser uma queixa freqüente. Haverá uma entrevista inicial onde o fonoaudiólogo terá o seu primeiro contato com o paciente, fará uma primeira avaliação auditiva e levantara informações sobre as condições auditivas. A partir das informações trazidas pelo paciente é possível: avaliar qualitativamente sua audição, determinar o impacto da audição na comunicação, elaborar hipótese sobre os possíveis resultados.
Os indivíduos afetados por uma perda auditiva geralmente desenvolvem formas para tentar ouvir melhor em situações difíceis. Estas formas incluem: pedir aos outros para repetir o que falaram, aumentar constantemente o volume da TV (rádio...), evitar reuniões sociais, fingir entender a mensagem recebida. A perda de audição, quando não reparada, pode causar isolamento, sentimento de inferioridade, depressão e ansiedade, além de conflitos com as pessoas de seu convívio, seja pessoal ou profissional.
         Existem mais de um tipo de perda auditiva dentre elas podemos listar: perda auditiva condutiva, ocorre quando há algum tipo de lesão na orelha externa e/ou média; Perda auditiva neurossensorial, ocorre quando há lesão na orelha interna, nas células ciliadas da cóclea ou no nervo auditivo; Perda auditiva mista, ocorre quando há uma lesão que se apresenta simultaneamente na cóclea e na orelha externa e/ou média; Perda auditiva central, este tipo de deficiência auditiva não necessariamente apresenta-se com diminuição da sensitividade auditiva, mas manifesta-se por dificuldades na compreensão dos sons. Os limiares auditivos estão normais, porém existe uma lesão nas vias auditivas superiores (sistema nervoso central). E também existe mais de um tipo de aparelho auditivo sendo eles: adaptação aberta, composto por um aparelho mini-retroauricular e um fino tubo plástico que é inserido no canal auditivo. Este modelo é muito discreto e adapta-se bem a perdas auditivas de grau leve a moderado, com maior perda nas freqüências agudas; Retroauricular, usado atrás da orelha, é acoplado a um molde de acrílico ou silicone. Este modelo é potente e versátil, adapta-se a todos os tipos de perda auditiva. Disponível em diferentes cores; Intra-canal, Usados dentro da orelha, mais especificamente, no canal auditivo. Pode ser adaptado a perdas auditivas de grau leve a moderado; Microcanal, usado dentro da orelha, fica totalmente inserido no canal auditivo, ficando praticamente imperceptível. Pode ser adaptado a perdas leves e levemente moderadas.
É muito importante retornar ao Fonoaudiólogo para que ele possa acompanhá-lo e auxiliá-lo no processo de adaptação, esclarecendo suas dúvidas e dando todas as orientações para o melhor aproveitamento dos recursos disponíveis em seu aparelho auditivo.
         Sendo a saúde nosso maior bem ou patrimônio, não há motivos para cuidarmos tanto do nosso corpo sem darmos a devida importância para a nossa audição. Algumas maneira de se cuidar são: ao ouvir música com fones de ouvido, ouça em volume médio; Não ouça música por muito tempo, o uso excessivo pode causar muitos problemas à membrana do tímpano;  Ao limpar os ouvidos com o uso de cotonete, inseri-o devagar no ouvido e faça movimentos rotativos, mas sem pressioná-lo para dentro; Para a limpeza, nunca utilize cabo de objetos (escovas de dente, pentes, etc.) pois além de afetar o tímpano, pode causar a perda total da audição.

Por: Álissa da Rocha Barbosa, Bibiana Fuzer da Silva, Helena Mozzaquatro Jacques e Letícia Gregory.

Um comentário:

  1. quanto mais pesquiso sobre fonoaudiologia, mais me surpreendo com a mesma, estou decidida farei vestibular de Fonoaudiologia !! Parabéns pra vocês que esclareceram o assunto de tal forma, que pode ser compreendido por qualquer pessoa que tiver o interesse de ler o artigo.

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