quarta-feira, 20 de julho de 2011

Fonoaudiologia Escolar e Saúde Pública

     A atuação do Fonoaudiólogo Escolar ou Educacional é diferente da atuação clínica. Podemos definir Fonoaudiologia Escolar ou Educacional como a atuação do Fonoaudiólogo na educação infantil, ensino fundamental, médio, especial e superior. Cabe ao Fonoaudiólogo “desenvolver ações, em parceria com os educadores, que contribuam para a promoção, aprimoramento, e prevenção de alterações dos aspectos relacionados à audição, linguagem (oral e escrita), motricidade oral e voz e que favoreçam e aperfeiçoem o processo de ensino e aprendizagem.”
Resolução CFFa nº 309, de 01 de abril de 2005.                  
        Na sua ação de promoção e aprimoramento de aspectos relacionados à audição, linguagem, motricidade oral e voz, o profissional fonoaudiólogo é um importante colaborador auxiliando nos programas escolares de desenvolvimento de linguagem. Contribui com o desenvolvimento e aprimoramento da Linguagem Oral e Escrita, favorecendo a aprendizagem de todos os alunos, aprimorando habilidades que eles já possuem e desenvolvendo novas capacidades.
           O fonoaudiólogo dentro da escola não pode de atuar na área clínica, fazendo apenas o diagnóstico e não o tratamento, sendo assim, realiza o encaminhamento, quando necessário, á outros profissionais. É realizada a triagem, que diagnostica problemas de audição, avaliação de linguagem e motricidade.
       Segundo a Fonoaudióloga Ana Paula, que atua em um colégio de Porto Alegre, é de grande importância a atuação do fonoaudiólogo no meio escolar. Para ela é importante a intervenção fonoaudióloga em bebês e crianças até 4 anos. Seu trabalho inclui estimulação precoce, orientação aos professores e familiares. Juntamente à equipe de professores, ela realiza eventos de conscientização quanto ao uso da voz, uso adequado a fones de ouvido, e do trabalho fonoaudiológico.
O papel do fonoaudiólogo na educação
           A importância do fonoaudiólogo está no fato de que  existem crianças que apresentam dificuldades de linguagem oral e que isso interfere na alfabetização, ou que apresentam certas alterações na escrita envolvendo erros de natureza auditiva, sendo necessário as  “triagens fonoaudiológicas” para detectar e prevenir problemas que futuramente podem interferir na aprendizagem escolar. Pode- se dizer que a rigor, essa atuação do fonoaudiólogo não é educacional, ela é clínica, predominantemente. É a fonoaudiologia clínica e não educacional, que acaba restringindo as reais possibilidades de atuação do fonoaudiólogo no meio escolar. Ele tem que fazer com que sua ação possa chegar a milhares de alunos, sem atuação terapêutica com cada um deles. Irá ajudá-los por meio de programas de desenvolvimento de linguagem, dos quais ele pode participar na elaboração. E sua ação deverá ser benéfica não só para aquele que eventualmente possa ter um problema, mas para todos, melhorando, ainda mais, suas habilidades em linguagem, quer oral, quer escrita.

             A importância do fonoaudiólogo e de programas visando o desenvolvimento da linguagem oral e escrita fica mais evidente, pois sabemos que linguagem não se aprende, simplesmente, estudando livros de gramática. Habilidades de linguagem desenvolvem-se em situações de uso real, por meio das funções sociais que elas podem desempenhar. Tanto na escola como no dia a dia, todas as crianças necessitam vivenciar situações que permitam aprimorar habilidades que já possuem e desenvolver novas capacidades.

Fonoaudiologia Pública

        A Saúde Coletiva tem caráter multiprofissional e interdisciplinar. Propõe ações para intervir nos problemas e situações relacionados à saúde da população em geral ou de determinado grupo, com o objetivo de promover a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Profissionais da saúde já vem se inserindo em meios educativos desde o Estado Novo, na "Era Vargas" na década de 30 proporcionando a promoção da saúde nas escolas. Esses profissionais atuavam nas escolas com as práticas de higiene escolar, educação e saúde e educação escolar. Anos mais tarde com o aparecimento do curso de Fonoaudiologia em universidades, os "terapeutas da fala", como eram conhecidos, passaram a dedicar seus trabalhos mais aos consultórios e às praticas terapêuticas; uma atitude popular e de pouco inclusão social.
         Na década de 90, o fonoaudiólogo se inseriu em muitos projetos de saúde pública e coletiva, intensificando a pratica da interdisciplinaridade. Em 2001, foi criando o Comitê de Saúde Pública da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. Com isso, o fonoaudiólogo foi incluído no programa social Saúde da Família.
         Na saúde coletiva, o fonoaudiólogo fica direcionado à construção em equipe estratégias de planejamento e gestão em saúde, com vistas a interferir na pratica de políticas públicas e na atuação  de atenção à saúde, promovendo a prevenção, educação e interferindo a partir dos diagnósticos dos grupos populacionais. Podemos citar como exemplos de intervenção do fonoaudiólogo especialista em saúde coletiva a promoção e apoio ao aleitamento materno, promoção da saúde da criança e do adolescente, nos aspectos da fala, audição, linguagem oral e escrita, voz e motricidade orofacial, promoção da proteção à saúde do trabalhador, como por exemplo, distúrbios de voz na fala de professores e de trabalhadores com exposição frequente a altos níveis de ruídos, podem ainda realizar a promoção do envelhecimento saudável, tratando, por exemplo, a disfagia em idosos.
Atuação fonoaudióloga na Saúde Pública
         A atuação fonoaudiológica na Saúde Pública está na inserção da Fonoaudiologia na população em postos, em centros, em unidades de saúde, em creches, em escolas, em berçários, bem como na coletividade. A proposta de trabalho abrange não só o atendimento das alterações da saúde de maior ocorrência na população, mas atua também principalmente na promoção e na prevenção.
         O fonoaudiólogo tem com objetivos elaborar ações de programas de orientação quanto ao desenvolvimento da linguagem e audição, sendo importante a maturação adequada das funções neurovegetativas na produção dos sons da fala, no uso adequado da voz e na manutenção auditiva intervindo na prevenção, na terapia e na reabilitação das possíveis patologias ligadas à Fonoaudiologia.
Por: Laura Bonfada, Lillian Gattelli, Mariana Arioza, Tais Fagundes, Willian Manara.

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